O teste vocacional deu Biologia. Claro que eu fui estudar Engenharia. E, lógico, sou jornalista.
Biológicas, exatas e humanas, como se dizia na minha época. No primeiro ano na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em 1983, com 20 anos, já estava trabalhando.
Fazia reportagens para a Sigla, agência de fotojornalismo ligada à Gamma francesa.
No ano seguinte já via com olhos de repórter – novato, mas repórter – o comício pelas Diretas no Anhangabaú abarrotado pedindo para escolher pelo voto direto o presidente da República.
O repórter aprendia o ofício e cidadania, e o país reaprendia democracia. De lá pra cá, a história era escrita na máquina de escrever – nem havia computador nas redações. Preto e branco em cores para a Folha de S.Paulo, Veja, e tantas outras publicações da Abril, da Editora Globo. Tantos fatos, tantas emoções: a conquista e a perda de Tancredo Neves; Lula x Collor.
Em 1990/91, o convite para contar as notícias, contar a história na frente das câmeras. Logo eu que nem pensava em trabalhar na televisão. Começava na TV Cultura, em São Paulo. Lá fiquei seis anos fazendo reportagens para os principais telejornais e programas, até uma ponta no premiado infantil “Mundo da Lua” eu fiz, no papel de, adivinhem, repórter, mas fiz. Tantas coberturas importantes: Pedro e Thereza Collor, impeachment de Fernando Collor; o massacre no Presídio do Carandiru, planos econômicos, o Real. Houve algumas despedidas: Jânio Quadros, Ulysses Guimarães, Ayrton Senna.
Em 1996, novo convite, nova mudança. Fazer parte do telejornal dirigido pelo jornalista Ricardo Kotscho na CNT. Acho que fiz tudo direito. Em três meses um novo desafio: um convite de Alice Maria para integrar o primeiro canal de jornalismo 24 horas do Brasil. Lá estava eu “desde antes do começo” para fazer parte da notícia, fazer parte da News, na Globo, na Globo News. Foram muitas reportagens na Rede Globo. Com a Globo News no ar, foram mais reportagens ainda. Muitos Almanaque, Em Cima da Hora, Jornal das Dez. Avião da Tam, a torcida pelo penta em 98, adeus a Sérgio Motta, a Mário Covas. A virada do milênio, o 11 de Setembro, todas as eleições, tantos carnavais. Tantas descobertas.
Depois de quase seis anos editando e apresentando as notícias de São Paulo no Jornal das Dez.
Desde o início de 2002 sou editor e âncora do Conta Corrente. Mais um grande passo. Mais uma empreitada que eu não esperava: levar até você os principais fatos e as principais discussões da economia e, de quebra, mostrar o outro lado da moeda da relação dívida/PIB, do superávit primário, do swap cambial. Um tema uma palavra: Happy Hour. Eu sou Guto Abranches e o Conta Corrente começa desembrulhando o pacote econômico das notícias todo dia para informar você.
Temas das Palestras
– Economia cenário nacional e internacional
– Moderação de Debates
– Mestre de Cerimônias